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10/03/2023

A sustentabilidade na agricultura é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo, mas também no Brasil. Estão em pauta ações que podem gerar impactos positivos socialmente, assim como atingir um equilíbrio com o meio ambiente.

Esse cuidado todo não tende a ficar na teoria e, sim, levado às práticas do campo. As vantagens vão da conservação de recursos para a posterioridade até a maior rentabilidade da safra.

É tudo questão de estudo e desenvolvimento de ações que visam mitigar certas práticas tradicionais nocivas e aplicar tecnologias de desenvolvimento sustentável para execução de uma agricultura precisa e que pensa nas safras seguintes.

Continue a leitura e confira técnicas para inserir a sustentabilidade no campo!

 

O que é sustentabilidade na agricultura?

Antes de falar do campo em si, é importante entender o que é ESG, sigla é para Environmental (meio ambiente), Social (social) e Governance (governança). Ela está relacionada a um conjunto de boas práticas adotadas por empresas e organizações para entender o quanto são sustentáveis.

Entretanto, o movimento não se limita apenas a esse espaço e tem se tornado relevante no mundo do agronegócio também. A sustentabilidade no campo é um assunto tratado a nível mundial.

Pelo fato de o Brasil ser um país exportador de grãos e o agronegócio gerar empregos e ser responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB), a tendência é que os critérios de ESG sejam cada vez mais aplicados nos sistemas produtivos.

O agronegócio deve pensar no equilíbrio com o meio ambiente, pois as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global afetam diretamente a produtividade das lavouras.

Entenda como os pilares da agenda ESG se enquadram nas práticas agrícolas!

Meio ambiente

Envolve a diminuição da emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases que causam o efeito estufa, além do consumo estratégico de água e energia.

Práticas como a agricultura de precisão e a agricultura regenerativa são peças-chave para evitar desperdícios de recursos naturais, conservar a biodiversidade e propor equilíbrio com o meio ambiente, assim como reduzir uso de insumos químicos.

Produtor rural agachado, com tablet na mão, observando lavoura de soja.

Monitoramento e controle da lavoura contribuem para evitar gastos desnecessários de insumos.

Social

O pilar social do ESG no agronegócio envolve práticas que afetam diretamente a vida dos funcionários da fazenda, de fornecedores e da comunidade onde está inserida. Seja pela inclusão ou pela proposição de iniciativas, como equidade salarial para gêneros diferentes, além do planejamento sobre o impacto que a atividade agrícola tem na vida dessas pessoas.

Governança

A governança tem relação direta com quem comanda a equipe. Desta forma, a agenda ESG propõe que para um desenvolvimento sustentável tenha sempre muita transparência tributária e nas ações elaboradas.

5 práticas de sustentabilidade na agricultura para implementar na lavoura

As práticas sustentáveis na agricultura são os desdobramentos para execução dos pilares que defendem a agenda ESG. Em cada negócio, há atividades específicas para mensurar o quanto ele está adequado com esses aspectos.

No agronegócio, as ações mais relevantes estão conectadas ao pilar de meio ambiente, mas também há mecanismos para as outras áreas. Confira, na sequência, artifícios que podem ser implementados no campo!

1. Plantio direto

O plantio direto é uma das práticas que auxiliam na busca pela sustentabilidade agrícola. Ela consiste no cultivo de uma cultura logo após a colheita da outra, sem que haja revolvimento do solo.

Ele é um ótimo aliado no combate a certas doenças e pragas ocasionadas pelo descuido com a terra. Além de ser um protetor natural do ambiente, auxilia na criação de uma biomassa, fundamental para o desenvolvimento de culturas com o uso mínimo de produtos químicos. Um solo saudável é mais produtivo do que um terreno doente.

 

Outra prática da agricultura sustentável é a rotação de culturas. É ela quem possibilita a realização do plantio direto. A técnica consiste em alternar a planta produzida em um mesmo espaço na sequência do plantio.

Ela se difere da monocultura por abrir a possibilidade de plantio de outros alimentos. Além disso, não é semelhante à sucessão, pois altera a cultura plantada em uma safra no mesmo período do ano seguinte.

O modo de produção tende a recuperar o solo e evitar que plantas daninhas e outras pragas tornem-se resistentes ao controle. Outro benefício é a conservação do talhão a longo prazo, tornando a terra mais produtiva.

Produtor rural com as mãos em planta de soja na lavoura.

A soja é uma das culturas que pode render ainda mais em um sistema de rotação.

3. Redução das emissões de carbono

Quanto mais carbono emitido na atmosfera, pior a situação do efeito estufa. Consequentemente, torna-se um dos fatores para ocorrência do aquecimento global e das mudanças climáticas.

Apesar de não ser uma questão individual, mas coletiva, é importante que os negócios rurais tenham consciência da importância em evitar ao máximo as emissões, ou ao menos compensá-las com neutralização.

O foco é evitar os desperdícios e preferir utilizar recursos renováveis, que não agridam o meio ambiente. A busca é pelo equilíbrio, proporcionando mais produtividade à cultura em desenvolvimento na lavoura, sem degradação do solo, por exemplo.

4. Impacto social

O segundo pilar do ESG é o social, portanto é preciso que o negócio rural tenha consciência de suas ações, responsabilidades e do impacto na comunidade em que está inserido.

Seja diretamente com os trabalhadores do campo, mas também com fornecedores e a sociedade que está no entorno da produção.

Após avaliação, é importante que a gestão trace planos de melhorias. As pessoas precisam estar inseridas num contexto de prosperidade junto com o negócio. É fazer parte da vida e garantir o bem-estar dos agentes envolvidos na produção.

Dois produtores rurais, um jovem e um idoso, observam uma planta de soja na lavoura.

O pilar social da sustentabilidade no agronegócio afeta, diretamente, os trabalhadores do campo.

5. Liderança responsável

O último pilar da agenda ESG, de governança, está diretamente ligado aos gestores da propriedade rural. É fundamental manter a transparência nas ações, assim como a clareza na comunicação entre a liderança e os liderados.

Uma gestão sustentável precisa de gestores engajados para que os aspectos sejam colocados em pauta e executados como um todo na fazenda.

Vantagens da sustentabilidade na agricultura

Ao aplicar práticas sustentáveis na lavoura e na gestão da propriedade rural, há o desenvolvimento de benefícios tanto interna, quanto externamente. Confira alguns deles!

  • Acesso a mercados no exterior.
  • Juros menores.
  • Maior produtividade da terra a longo prazo.
  • Consequentemente, maior a taxa de lucratividade.
  • Conservação da biodiversidade e recursos naturais.

A sustentabilidade na agricultura é uma tendência mundial e o Brasil pode despontar como uma das lideranças nesse aspecto. Além das questões de meio ambiente e de liderança interna, uma das responsabilidades sociais é a garantia da produção de alimentos para uma população que cresce.

Fonte:Sustentabilidade na agricultura: 5 práticas para aderir (brasmaxgenetica.com.br)

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